Quem vai à cidade de Paris tem um leque de possibilidades de passeios dentro da cidade, todavia, não pode deixar de fazer um bate-volta em Versalhes.
Versalhes é quase que uma continuação de Paris, sendo um passeio tão “obrigatório” quanto o Louvre e a Torre Eiffel.
Neste poste falaremos sobre o ponto mais famoso de Versalhes, o Palácio de Versalhes (ou Château de Versailles em francês).
Símbolo da riqueza, do poder absoluto e de todos os excessos da corte francesa, o castelo impressiona com sua imponente arquitetura e os mais de 800 hectares de jardins, lagoas, estátuas neoclássicas e fontes. O Palácio de Versalhes une história e cultura e é um dos lugares mais visitados da França.
História do Palácio
O Palácio de Versalhes começou a ganhar corpo quando Luís XIV, conhecido como Rei Sol, resolveu tirar o centro administrativo francês de Paris. Adotando como base um pequeno castelo usado como casa de caça por seu pai, Luís XIII, o rei transformou o local no maior e mais belo palácio da França, venerado e copiado no mundo todo.
No monumental Castelo de Versalhes, onde instalaria a Corte e o governo no ano de 1682. Desde então e até a chegada da Revolução Francesa, diferentes monarcas ocuparam o trono e continuaram embelezando o Palácio.
Em 1661, começaram as obras para a criação dos Jardins de Versalhes, que só terminariam quarenta anos depois.
Em 1789 o palácio deixou de funcionar como sede oficial do poder quando revolucionários massacraram a guarda do palácio e arrastaram Luís XVI e Maria Antonieta para a guilhotina em Paris. Posteriormente se tornou o Museu da História da França.
COMO CHEGAR AO PALÁCIO DE VERSALHES?
O Palácio de Versalhes fica à cerca de 22 km do centro de Paris, sendo possível fazer o bate-volta de Trem, carro ou ônibus.
De trem
De trem desde a Gare Montparnasse até a estação Versailles Chantiers; (18 minutos de caminhada até o castelo)
De trem desde a Gare Saint Lazare até a estação Versailles Rive Droite; (18 minutos de caminhada até o castelo)
De RER, linha C, que para nas estações Versailles Chantiers e Versailles Rive Gauche. (8minutos de caminhada até o castelo)
Nós preferimos ir de trem (RER linha C), pegamos o metro e descemos na estação St-Michel Notre Dame e fomos para plataforma do RER C (amarelo) com destino final na estação Versailles Rive Gauche, a estação mais próxima do Palácio, deste local fizemos uma caminhada de cerca de 8 minutos e chegamos ao nosso destino.
Eu já escutei relato de turistas que foram a pé de Paris até Versalhes, sendo que a caminhada demora cerca de 4h30, tempo que pode fazer falta no passeio ao palácio, inclusive, porque quando chegar ao mesmo já vai estar cansado, o que pode atrapalhar o passeio no palácio e nos jardins.
Chagamos ao castelo por volta das 9h00 da manhã, horário que começam as visitações no castelo, tudo pensando em aproveitar ao máximo o passeio, sendo que na entrada tinha uma grande fila, todavia, como compramos o ingresso on-line fugimos da fila da bilheteria, mas mesmo assim, enfrentamos a fila da segurança. No Get Your Guide você pode comprar os diferentes tipos de ingresso, incluindo opções com guia. O essencial é o áudio guia para que você possa entender mais do que está vendo.
Outra boa opção é comprar o Paris Museum Pass que dá acesso ao Palácio de Versalhes, aos castelos Trianon e a mais de 60 museus e monumentos em Paris e na região de Paris.
É importante observar que a entrada é gratuita para menos de 18 anos e cidadãos europeus com menos de 26 anos.
Dica: Todo primeiro domingo de novembro a março, o acesso ao Palácio de Versalhes e ao Trianon, está aberta a todos visitantes gratuitamente.
Caso queira visitar apenas os jardins do palácio, o acesso é gratuito, exceto durante a alta temporada (de 31 de março a 31 de outubro).
O que não podemos deixar de ver no Palácio de Versalhes;
O teto é decorado com quase 1.000 m2 de pinturas assinadas por Charles Le Brun, ilustrando as realizações do reinado de Luís XIV e encenando o próprio rei em 30 grandes composições de tirar o fôlego na época.
Centenas de milhares de pessoas atravessam o Salão dos Espelhos todos os anos. Os visitantes sempre ficam deslumbrados com a majestade do lugar, como todos aqueles que pisam neste lugar desde 1684.
A Galeria das Batalhas (A Galerie des Batailles) é a maior sala do castelo (120 metros de comprimento, 13 metros de largura). Ocupa quase todo o primeiro andar da ala sul. Projetado e construído a partir de 1833, foi inaugurado oficialmente em 10 de junho de 1837 e marcou o destaque da visita ao Museu de História da França;
A Opera Real: Quando inaugurada em 1770 era a maior sala de concertos da Europa, com Luís XV , é um verdadeiro feito de técnica e refinamento decorativo. Teatro da vida da monarquia e depois republicana, abriga ao longo de suas festividades históricas, shows e debates parlamentares.
O Grande apartamento do Rei (Grand Appartement du Roi) Esse são sete salas cada uma dedicada a um dos planetas e à divindade romana, sendo eles;
- Salon de Diane
- Salon de Mars
- Salon de Mercure
- Salon d’Apollon
- Salon de Jupiter
- Salon de Saturne
- Salon de Vénus.
De qualquer forma, Luís XIV achou as salas demasiadamente frias e optou por viver nas salas previamente ocupadas pelo seu pai. O grand appartement du roi foi reservado às funções da Corte.
Apartamento do Rei
Como em todas as residências reais, o apartamento do rei tem uma série de salas para uso bem definido: uma sala de guarda, duas ante-salas, o quarto e um armário.
Grande apartamento da Rainha (Grand Appartement de la Reine):
Formando uma fila de salas paralelas às do grand appartement du roi, o grand appartement de la reine serviu como residência de três Rainhas da França — Maria Teresa de Espanha, esposa de Luís XIV; Maria Leszczynska, esposa de Luís XV; e Maria Antonieta, esposa de Luís XVI
A Capela Real: Durante o reinado de Luís XIV, Versalhes viu não menos de cinco capelas.
A Capela Real a quinta e última do Palácio de Versalhes, sendo que a construção começou 1689, e foi concluída no final do reinado de Luís XIV em 1710.
As pinturas são deslumbrantes, evocam a ideia de que o rei francês era escolhido por Deus e seu substituto na Terra.
Todos os dias, geralmente de manhã às 10h00, a Corte assistia à missa do rei. Ele ficava parado na galeria real, cercado por sua família. As damas da corte ocupavam as galerias laterais. Na nave estavam os “oficiais” e a plateia.
Foi nessa Capela que o futuro rei Luis XVI se casou com Maria Antonieta em 1770.
O JARDIM
O complexo paisagístico do local é cuidadosamente detalhado, composto por uma série de pequenos e estonteantes jardins, todos eles com traços geométricos que chegam a formar labirintos. Alguns jardins têm ao centro uma escultura ou fonte, sempre com temas greco-romanos.
São cerca 1.400 fontes e muitas esculturas de bronze. O eixo central dos jardins é o Grand Canal, um lago de quase de 2 quilômetros de comprimento, criado com o propósito de refletir o pôr do sol e formar mais uma das belezas de Versalhes. Pela janela central do hall de espelhos do palácio, os visitantes podem admirar a paisagem, que possui um estilo de jardinagem simétrico e, posteriormente, deu origem ao estilo “Jardim Francês”. É tudo tão alinhado e certinho que fica difícil não se apaixonar.
As obras de construção foram realizadas ao mesmo tempo que as do palácio e duram quarenta anos, sendo obra de André Le Nôtre, junto com Jean-Baptiste Colbert , superintendente dos edifícios do rei, de 1664 a 1683, administrou o local; Charles Le Brun , nomeado pintor do primeiro rei em janeiro de 1664, deu os desenhos para um grande número de estátuas e fontes; Por fim, o próprio rei também deu suas ideias e projetos.
Ainda é importante lembrar que no jardim podemos fazer diversas atividades como caminhar, andar de bicicleta, andar de barco, ou apenas apreciar a passagem.
Dica: De maio até outubro os jardins florescem, transformando a paisagem em um verdadeiro espetáculo das cores, sendo que neste período os dias são maiores e mais quentes, podendo aproveitar mais o Jardim.